Criar um Site Grátis Fantástico

Mel de Jataí em Campinas (19)988251240 Paulinia SP

Mel de Jataí em Campinas (19)988251240 Paulinia SP

 

Somos Especialista em abelhas WHATSAPP: (19)9.8825-1240

Quer Comprar os Melhores Produtos da Floresta? Trabalhamos apenas com produtos frescos e de qualidade superior. Entre em contato com um de nossos atendentes. Temos mel de abelhas indígenas sem ferrão, das principais espécies encontradas no Brasil, sendo: Mel da Abelha Jataí, Mel da Abelha Mandaçaia, Mel da Abelha Manduri, Mel da Abelha Tubuna, Mel da Abelha Borá e entre outras abelhas. Mel de excelente qualidade.

(19)9.8825-1240

 

VEJA O QUE ESTÃO FALANDO SOBRE O DESAPARECIMENTO DAS ABELHAS:

Resultado de imagem para BEE

 

R Minkel
 
Mistério abelhudo. Amostras de abelhas de colônias comerciais afligidas pelo transtorno do despovoamento em massa de colméias revelaram uma causa possível: um vírus de abelhas descoberto recentemente em Israel.
A doença misteriosa que vem atormentando os apicultores americanos desde 2006 vem de um vírus de abelhas, que aparentemente se espalhou pelos Estados Unidos, vindo da Austrália há três anos, de acordo com um novo estudo que aponta o primeiro avanço no confuso caso do desaparecimento de abelhas.

 

O Mel é muito usado no preparo de pratos doces, bebidas e molhos. Pegajoso e doce, este alimento dourado e brilhantes vem com um monte de benefícios para a saúde. O Mel não só bom no gosto, mas também é ótimo para a saúde e é um ótimo substituto do açúcar. Vamos dar uma olhada nos vários benefícios nutricionais do mel.

 

Nutricionais Benefícios do Mel: O Mel Fornece 300 calorias por 100 gramas de seu consumo, Além disso, O Mel é uma fonte de frutose, glucose e sacarose. O Mel também fornece vitaminas e alguns minerais como o Cálcio, Magnésio, Potássio e Fósforo.

 



 

Mel Para Aumentar a Energia: O Mel é conhecido por fornecer energia instantânea, pois é alto teor de glicose. Isso ajuda a manter os minerais no organismo. A glicose no Mel é absorvido muito rapidamente pelo corpo, enquanto a frutose é absorvida lentamente fornecendo energia sustentada. Pela mesma razão, o Mel é recomendado para todos os atletas, pois ajuda a melhorar o tempo de recuperação.

 

Benefícios do Mel Para Pele: O Mel faz maravilhas para a pele, pois ele age como um hidratante natural, o que ajuda na prevenção de pele seca. O Mel tem propriedades anti-bacterianas e anti-fúngicos, mantendo, assim as espinhas bem longe. Além disso, O Mel é benéfico para marcas de corte e queimaduras que podem ser reduzida através de aplicações, uma vez que contém peróxido de hidrogênio o que diminui significativamente os pigmentos e as marcas da pele.

 

Benefícios do Mel Para Perda de Peso: O Mel é um ótimo substituto do açúcar. É um ingrediente natural e oferece menos calorias e é mais doce. A presença de vários aminoácidos e minerais no Mel ajuda no metabolismo, reduzindo assim as probabilidades de ganho de peso. O Mel tem um índice glicêmico bem alto e a glucose é lenta e gradualmente absorvida no corpo. A ingestão de Mel com água morna e limão pela manhã ajuda a desencadear o metabolismo. Portando, irá melhora a queimar de Gordura!

 

Benefícios do Mel Na Prevenção do Câncer: O Mel é uma rica fonte de antioxidantes que o torna-se realmente um poderoso combatente contra o câncer. Os Antioxidantes reduzir o metabolismo das células cancerosas no corpo, reduzindo assim a probabilidade de ocorrência de câncer. A presença de polifenóis (antioxidantes) no Mel ajuda a proteger as células contra os radicais livres. Estudos têm demonstrado que a combinação de canela e mel auxilia na prevenção do câncer.

 

Benefícios do Mel Para Tosse e Infecção Garganta: O Mel tem propriedades anti-microbianas. O consumo de mel durante uma infecção de garganta podem ser realmente útil, pois reduz a inflamação da garganta. Além disso, O Mel juntamente com Limão e água mostrou-se ser benefício contra dor de garganta. Pois O Mel ajuda na inibição da desgranulação de mastócitos e, assim, reduzir a várias reações alérgicas.

 

Leia Também ↓↓: 
  • Você Quer EMAGRECER e PERDER BARRIGA de Forma Natural e Saudável?
  • Como EMAGRECER 10 KG sem Precisar Passar Fome...
  • Você Quer EMAGRECER e Não ENGORDA Novamente ? 
  • Como PERDER 15 KG em Apenas 6 Semanas ou menos... 

 

Mel Melhora a Imunidade: O Mel é uma fonte de antioxidantes e vários minerais, que diminui a permeabilidade capilar e fragilidade devido ao aumento do nível de antioxidante. Além disso, O Mel mostrou-se ser benéfico para digestão.

 


Mel-Mel

 

Mel Reduz Problemas Relacionados ao Coração: O Mel é uma excelente fonte em antioxidantes e flavonóides, eles reduz a taxa de oxidação do colesterol LDL. Os antioxidantes ajudam na redução da formação placas nas artérias, também são úteis na redução proteínas C-reativa que causam problemas cardíacos.

 

Outros Benefícios do Mel Para Saúde:

  • O Mel ajuda na indução do sono. Um copo de Leite junto com o mel ajuda a melhora a qualidade do sono.
  • O mel é benéfica na redução do peso. Pois ele fornecer menos calorias do que o açúcar, o Mel também podem se tornar um bom substituto para todas as pessoas conscientes obesos, afim de ajuda no processo de emagrecimento.
  • O Mel tem propriedades anti-sépticas e podem ser aplicado em feridas e cortes.
  • O Mel é eficaz contra úlceras e outros distúrbios gastrointestinais.
  • O Mel é considerado como uma bebida probiótica e contém boas bactérias que são úteis para o nosso corpo.
  • Os Benefícios do Mel inclui redução dos níveis de açúcar no sangue e no combate a diabetes.

 

 

 

 

 

PARA COMPRAR O PURO MEL DE JATAÍ, ligue: (19)9.88251240

 

 

POR QUE PRESERVAR AS ABELHAS

Resultado de imagem para BEES BANNER

Somos Especialista em abelhas: (19)9.88251240

Quer Comprar os Melhores Produtos da Floresta? Trabalhamos apenas com produtos frescos e de qualidade superior. Entre em contato com um de nossos atendentes. Temos mel de abelhas indígenas sem ferrão, das principais espécies encontradas no Brasil, sendo: Mel da Abelha Jataí, Mel da Abelha Mandaçaia, Mel da Abelha Manduri, Mel da Abelha Tubuna, Mel da Abelha Borá e entre outras abelhas. Mel de excelente qualidade.

 

VEJA O QUE ESTÃO FALANDO SOBRE O DESAPARECIMENTO DAS ABELHAS:

Resultado de imagem para BEE

 

R Minkel
 
Mistério abelhudo. Amostras de abelhas de colônias comerciais afligidas pelo transtorno do despovoamento em massa de colméias revelaram uma causa possível: um vírus de abelhas descoberto recentemente em Israel.
A doença misteriosa que vem atormentando os apicultores americanos desde 2006 vem de um vírus de abelhas, que aparentemente se espalhou pelos Estados Unidos, vindo da Austrália há três anos, de acordo com um novo estudo que aponta o primeiro avanço no confuso caso do desaparecimento de abelhas.

Os pesquisadores fizeram uma comparação genética sofisticada de colméias saudáveis e contaminadas nos Estados Unidos, que revelou a presença do vírus israelense de paralisia aguda (IAPV, em inglês), obscuro porém letal, em quase todas as criações de abelhas afetadas pelo "transtorno do despovoamento em massa de colméias" - CCD, em inglês -, mas em apenas uma colônia saudável analisada.

"Não provamos ainda que essa é a causa. O vírus é um candidato a desencadeador do CCD", explica W. Ian Lipkin, diretor do centro para estudo de infecção e imunologia na Mailman School of Public Health, da Columbia University, e um dos principais autores do estudo.

O transtorno também pode ser resultado de uma combinação de má alimentação, pesticidas e outros fatores, incluindo infecção, de acordo com Lipkin e sua equipe. Eles disseram ainda que são necessários testes mais longos para determinar se o IAPV consegue desencadear o CCD sozinho ou se conta com outros agentes, ou mesmo se certas combinações de fatores de estresse tornam as colméias vulneráveis ao vírus.
Virologistas israelenses descobriram o IAPV três anos atrás, após pesquisar casos sem explicação de montes de abelhas mortas em frente às colméias. O novo estudo encontrou o vírus em amostras de abelhas australianas, importadas pelos Estados Unidos pela primeira vez há três anos.

Se o IAPV for o principal fator desencadeador, dizem os pesquisadores, abelhas do mundo inteiro poderiam ser cruzadas com indivíduos resistentes ao vírus, talvez salvando assim o polinizador mais economicamente importante dos Estados Unidos.

Estima-se que as abelhas façam uma polinização avaliada em US$15 bilhões por ano, "operando" no limite. Metade das cerca de 2,5 milhões de colméias no país é necessária para polinizar plantações de amêndoas.

No final do ano passado, relatórios revelaram que abelhas adultas estavam abandonando misteriosamente as colônias comerciais, deixando para trás colméias-fantasma cheias de mel, larvas e rainhas sozinhas. O transtorno acabou com uma média de 45% das abelhas entre as colônias comerciais, que representam 23% do total, no último inverno nos Estados Unidos.
Pesquisadores e os amantes das teorias da conspiração já ofereceram uma série de explicações potenciais, de ácaros ectoparasitas e pesticidas químicos à radiação de telefones celulares que fariam as abelhas desviarem de seu caminho.

Os entomólogos Diana Cox-Foster, da Pennsylvania State University, e Jeffery Pettis, do Laboratório de Pesquisas de Abelhas do Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, criaram o grupo de trabalho para CCD, para tentar desvendar o mistério.

Uma linha-chave de evidências sugeria que a infecção tem um papel fundamental: o grupo descobriu que poderia recuperar colméias com CCD vazias ao enchê-las novamente com abelhas saudáveis, mas somente se irradiassem as colméias com raios gama primeiro - o raio gama destrói DNA.

Com base nessa evidência, Cox-Foster e Pettis convenceram Lipkin, que liderou a descoberta do vírus do Nilo Ocidental, a aceitar participar do estudo, usando tecnologia especializada, fabricada pela firma de seqüenciamento de genoma 454 Life Sciences, em Branford, Connecticut.
O trio e seus colegas misturaram o RNA - a substância química que codifica os genes ativos - de quatro colônias comerciais geograficamente separadas, mas contaminadas pelo CCD, e então compararam a mistura com o RNA combinado de abelhas aparentemente saudáveis do Havaí e da Pensilvânia. Eles também examinaram abelhas aparentemente saudáveis da Austrália e geléia real - que as rainhas usam para alimentar suas operárias jovens - importada da China.

Em suma, as abelhas com CCD portavam mais tipos de microorganismos nocivos que as abelhas saudáveis, como relatam os pesquisadores na edição online da revista "Science". Para identificar culpados potenciais, eles analisaram as colméias individualmente.

O IAPV apareceu em até 25 de 30 colônias contaminadas, mas em apenas uma saudável nos Estados Unidos. Por outro lado, todas as colméias com CCD continham um vírus aparentado, chamado KBV, e o parasita unicelular Nosema ceranae, que um estudo anterior havia relacionado ao CCD -, mas ambos os organismos estavam presentes em cerca de 80% das colméias saudáveis também.

"O estudo é um modelo de investigação cuidadosa", elogia o entomólogo Gene Robinson, diretor do centro de pesquisa em abelhas Urbana-Champaign, da University of Illinois, que não está envolvido no estudo. O IAPV parece ser a causa ou um indicador da doença, ele diz. "De qualquer forma, essa é grande novidade na história do CCD. Então, é muito animadora e encorajadora".
A grande sacada, de acordo com Lipkin, seria infectar abelhas saudáveis ou sob estresse com o IAPV, e ver se elas são infectadas pelo CCD. Os pesquisadores planejam realizar esses testes, mas isolar o vírus é uma tarefa desafiadora, ele completa.

Uma amostragem mais ampla de colônias saudáveis e contaminadas do mundo inteiro também ajudaria a delimitar as causas possíveis, diz Robinson.

Lipkin e sua equipe descobriram que abelhas australianas aparentemente saudáveis estavam infectadas com o vírus, e ressaltam que todas as colméias com CCD que examinaram incluíam abelhas australianas, ou conviveram com elas por algum tempo. Apicultores da Austrália relataram uma "doença do desaparecimento", mas não na escala do CCD, disse Pettis.

Um fator diferencial, ele diz, poderia ser o ácaro ectoparasita, que suprime os sistemas imunológicos da abelha e diminuiu a população desse inseto em 30% nos Estados Unidos nos últimos 25 anos, mas não é encontrado na Austrália. "Sabemos que é um dos principais fatores de estresse, mas ainda acredito que vários fatores estão envolvidos no CCD e precisamos testá-los de maneira mais rigorosa."
Os pesquisadores encontraram os ácaros ectoparasitas em apenas metade das colônias americanas. No entanto, eles ressaltam que é possível que uma substância química exterminadora de ácaros, aplicada pelos apicultores, possa ter matado os parasitas apenas depois que causaram os danos, ou então que o próprio pesticida possa ter prejudicado as abelhas.

O IPAV parece ter matado os insetos primeiramente em Israel em 2002, e desde então tem causado um número variado de mortes a cada ano, diz o virologista de plantas Ilan Sela, da Universidade Hebraica de Jerusalém, cuja equipe identificou o vírus, que faz tremer as asas das abelhas que estão morrendo.

"Os apicultores disseram que há algumas indicações recentes de um fenômeno de CCD semelhante, mas em pequena escala, em Israel", ele diz. No entanto, Sela ainda tem que testar as abelhas atingidas para ver se encontra o vírus.
Se o IAPV estiver realmente causando o CCD, há esperança para interromper sua disseminação. Cerca de 30% das abelhas que Sela estudou possuem pedaços incorporados do genoma do IAPV em seus cromossomos, e são resistentes ao vírus. Outras abelhas poderiam ser cruzadas para carregar esses fragmentos e presumivelmente sobreviver à infecção também, ele diz.

No entanto, ele alerta que o IAPV poderia estar causando, teoricamente, o CCD ao inserir seu material genético em genes de abelhas para feromônios ou outras moléculas que coordenam o comportamento da colméia e, portanto, rompendo esses genes, uma possibilidade que ele e o grupo de trabalho do CCD planejam testar.

Até que os pesquisadores tenham revelado o mistério do CCD, Cox-Foster aconselha os apicultores a manter suas abelhas bem alimentadas e livres de ácaros.

 

Tudo está bem na colmeia. Milhares de abelhas, cada uma com sua função, trabalham numa harmonia perfeita. Até que algo estranho acontece. Sem motivo aparente, as abelhas surtam: simplesmente abandonam a colmeia, deixando para trás suas larvas, para nunca mais voltar.

Ninguém sabe para onde elas foram, nem se ainda estão vivas - pois não há rastros ou insetos mortos nos arredores da colmeia. É um comportamento muito estranho, eque está se espalhando pelo mundo: as abelhas de 10 países já apresentaram essa síndrome, que foi batizada de colony collapse disorder ("desordem de colapso de colônia", em inglês).

Só nos EUA, o lugar mais afetado pela doença, 50 bilhões de abelhas sumiram, esvaziando 40% das colmeias do país. Os primeiros casos da síndrome apareceram em 2006, mas só agora os cientistas descobriram o que está fazendo as abelhas fugir. "É uma infecção por vírus, que danifica o código genético dos insetos", afirma a entomóloga May Berenbaum, da Universidade de Illinois.

Esse vírus, que ainda não foi isolado, causa modificações em 65 genes dos insetos - e isso é que estaria provocando o comportamento bizarro das abelhas, cujo desaparecimento pode ter consequências muito mais graves do que a falta de mel. As abelhas são responsáveis pela polinização de mais da metade das 240 mil espécies de plantas floríferas que existem no mundo. Sem as abelhas, essas plantas não teriam como se reproduzir e sobreviver. Se um mundo sem abelhas já seria ruim, imagine sem flores.

 

 

Enxame de vilões

Congresso sobre apicultura no sul da França conclui que as abelhas são vítimas de ataque em série: vírus, fungos, pesticidas e fatores ambientais ameaçam a sobrevivência da espécie

-  A  A  +

Gisela Heymann, de Paris - Edição: Mônica Nunes - Planeta Sustentável - 30/09/2009

 

Quem diria? As abelhas, que habitam o planeta há mais de 60 milhões anos, vivem hoje mais e melhor em zonas urbanas, entre carros e ônibus. Sobre o teto do prédio de estilo "Segundo Império" da Ópera de Paris, no Jardim de Luxemburgo ou ainda no Parque La Villette, também na capital francesa, cerca de 300 colônias produzem algumas centenas de toneladas de mel por ano, de primeiríssima qualidade. A explicação é simples: nas cidades, as abelhas estão menos expostas ao uso de pesticidas e dispõem de uma maior variedade de flores, plantadas em parques e jardins públicos e até nos canteiros de apartamento. Enquanto isso, colméias inteiras desaparecem sem deixar vestígio em zonas rurais da Europa, Estados Unidos, Canadá, China ou América do Sul.

O fenômeno foi batizado de desordem de colapso das colônias, CCD na sigla em inglês. A taxa de mortalidade das abelhas, que normalmente é de 5% chega a 40% ou até 80% em certas regiões do mundo. O mistério da verdadeira hecatombe que se abate principalmente sobre a espécie Apis mellifera, ainda não está totalmente desvendado, mas, pela primeira vez, pesquisadores chegaram a um consenso, no último Apimondia - Congresso Mundial de Apicultura, que reuniu, neste mês, cerca de 10 mil profissionais do setor, sendo 500 cientistas, em Montpellier, no sul da França.

CONJUNTO DE FATORES
Após mais de uma década em busca de um "serial killer" de abelhas, culpado pela mortalidade desenfreada dos insetos, a teoria dos múltiplos fatores, que agem individualmente, mas, também, combinam suas forças, é privilegiada. "Hoje, a comunidade científica está certa de que não há uma causa única responsavel pelo fenômeno", disse o biólogo Peter Neumann, do programa internacional de prevenção do colapso de colônias, batizado "Coloss". Para Jeff Pettis, diretor de pesquisa do Ministério Norte-americano de Agricultura, pode-se fazer um paralelo entre os males da Apis mellifera e uma patologia humana: "A gripe pode ter consequências graves num indivíduo cujo organismo já esta fragilizado", comentou. "As abelhas estão submetidas a uma série de fatores de estresse, vírus e outros agentes patogênicos funcionam como oportunistas que as matam".

Os números apresentados na Apimondia 2009 só acentuam a dimensão da catástrofe: nos Estados Unidos, o índice de desaparecimento das colméias atingiu 30% no final do último inverno. O Canadá perdeu um terço da população de abelhas no mesmo período e na Europa a porcentagem varia de 10% a 30% de taxa de mortalidade. No Oriente Médio, os números são mais alarmantes: quase 80% na Síria e no Iraque. No Sichuan, na China, as abelhas desapareceram completamente, obrigando os agricultores a polinizar as árvores frutiferas à mão. O país é o primeiro apicultor mundial com 200 mil profissionais do setor e 6 milhões de colônias. Pesticidas são frequentemente apontados pelos criadores como os principais responsáveis por intoxicações crônicas nas abelhas. Mas grande parte dos cientistas acredita, por sua vez, que o culpado chama-se "Varroa destructor", um parasita da Indonésia, hoje presente em todos os continentes, e que não seria combatido de forma adequada pelos apicultores. Um microfungo parasitário conhecido como "Nosema ceranae" ou ainda o vírus "Israeli acute paralysis", também cumpriram o papel de suspeito número um.

ESTRESSE CRÔNICO ENFRAQUECE AS ABELHAS
A nova teoria aposta no efeito cascata: o estresse primário seria causado pela presença do Varroa, também conhecido como "vampiro de abelhas", mas, também, por mudanças climáticas, que diminuem a disponibilidade de água e, principalmente, pela exposição crônica à pesticidas. Os agentes secundarios seriam os vírus e fungos, que tiram proveito da fraqueza das abelhas. Além disso, o empobrecimento da alimentação dos insetos, devido à monocultura intensiva, contribui para a fragilizar a espécie. Com um pólen de pouco valor nutritivo, as abelhas são mais vulneráveis à ação de produtos químicos utilizados maciçamente no combate às pragas. O mapeamento do genoma da variedade doméstica mostrou uma carência em enzimas que eliminam produtos tóxicos. Enfim, os cientistas indicam que o mercado mundial de abelhas-rainhas contribui para a redução da diversidade genética porque privilegia variedades mais produtivas em detrimento das mais resistentes. Mas o problema não se limita à "Apis mellifera": espécies selvagens também desaparecem sem explicação. E, por enquanto, nenhum estudo foi feito sobre a extensão do fenômeno.

ESSENCIAIS PARA A PRODUÇÃO ALIMENTAR
As colônias são sistemas complexos, onde vivem de 10 a 80 mil indivíduos. Para o pesquisador francês Jean-Marc Bonmatin, as abelhas têm uma excelente capacidade de adaptação. Há milhares de anos enfrentaram parasitas e doenças, sem que seu equilíbrio tenha sido afetado. A novidade, segundo Jean-Marc, é a presença de neurotóxicos, que desorientam os insetos no caminho de volta para a colméia.

Não se sabe se a famosa citação de Einstein - que afirmou que o homem não resistiria mais de quatro anos ao desaparecimento das abelhas - é autêntica. Mas os especialistas são unânimes em prever que o fim dos enxames teria efeitos catastróficos para a Humanidade. A equação é simples: a polinização realizada pelas abelhas é responsável por 35% da produção mundial de alimentos, o que representa 220 bilhões de dólares por ano na economia do planeta. E segundo a FAO, a agência das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, será necessário produzir 70% a mais de alimentos até 2050, quando a população será de 9,1 bilhões de habitantes.

 

b

 

 

 

 

O sumiço das abelhas Há poucos anos, colônias inteiras começaram a desaparecer sem deixar vestígios, na China, nos Estados Unidos e no Canadá. Isso é resultado do uso indiscriminado de pesticidas e, também, de sua alimentação

Gisela Heymann, de Paris - Edição : Mônica Nunes  Planeta Sustentável- 01/10/2009

Todo mundo sabe que abelhas produzem mel, um dos alimentos mais nutritivos e gostosos que se pode encontrar, além de geléia real, cera e própolis. Mas pouca gente conhece uma outra função desses insetos, essencial para a vida na Terra. Em seu vai e vem cotidiano em busca de alimento, as abelhas são responsáveis por transportar o pólen das flores e com isso fecundam as plantas, espalhando vida por onde passam. 80% do meio ambiente vegetal é fecundado pelas abelhas. Graças a elas, 20 mil espécies ameaçadas de extinção ainda resistem. E mais: quase metade da nossa alimentação depende exclusivamente do trabalho incessante das operárias, que chegam a percorrer 3 quilômetros a cada vez que deixam suas colméias. Elas são cerca de 40 mil por colônia, em torno de uma única rainha ou, no máximo, duas.

CAÇA AOS INDÍCIOS
Há 80 milhões de anos as abelhas cumprem diariamente a tarefa de polinizar plantas. Elas sobreviveram às mudanças climáticas e se adaptaram a quase todos as regiões do mundo. Isso até poucos anos atrás. Desde então, colônias inteiras começaram a desaparecer sem deixar vestígios - um mistério que os cientistas ainda tentam desvendar. Nenhum cadáver de abelha é encontrado e as colméias parecem ter sido totalmente abandonadas pelas operárias. O fenômeno ocorre em várias regiões do mundo: da China aos Estados Unidos e Canadá, passando pela Europa e até na América Latina. De 30% a 80% das colônias simplesmente sumiram nos últimos dois anos. Diante do que pode se tornar uma catástrofe ambiental, especialistas deram uma de Sherlock Holmes e saíram à caça do maior número possível de informações para explicar as mortes suspeitas. Partindo de uma certeza: a de que as mudanças ambientais provocadas pela ação do homem estão envolvidas nisso.


PRODUTOS QUÍMICOS
Os apicultores, criadores de abelhas, foram os primeiros a alertar para a mortalidade anormal dos insetos. Eles acusam agricultores de utilizar grandes quantidades de pesticidas, para proteger suas plantações. Os produtos químicos seriam, então, os assassinos. Mas cientistas também descobriram que as colônias estavam sendo atacadas por vírus e fungos, além de um parasita chamado Varroa destructor, uma espécie de ácaro, que tem o pouco simpático apelido de "vampiro de abelhas". Até agora, cada um defendia sua teoria, mas ninguém conseguia uma prova definitiva contra os suspeitos.

GANGUE DE PREDADORES
Há poucas semanas, cerca de dez mil cientistas e apicultores se reuniram na França para comparar suas teses. E chegaram à seguinte conclusão: todos os suspeitos têm culpa no cartório. As abelhas da espécie Apis mellifera estão sendo intoxicadas aos poucos pela forte concentração de pesticidas encontradas nas flores. Enfraquecidas, elas não conseguem mais se defender contra vírus, fungos e parasitas e perdem a luta contra os predadores com mais facilidade do que antes. Mas a alimentação das abelhas também contribui para sua fragilidade. Devido à agricultura intensiva, elas não encontram mais tantas variedades de flores pelo caminho. Seu organismo fica debilitado, assim como uma pessoa que só come macarrão ou abobrinha em todas as refeições de sua vida. Esses fatores se combinam de formas diferentes, de acordo com a região do mundo que se estuda, e o problema se agrava quando há escassez de água, devido à seca.


PLANTAR MAIS, DESTRUIR MENOS
Resta saber o que o homem vai fazer a partir de agora para tentar salvar a espécie. O grande físico Albert Einstein, pai da teoria da relatividade, teria afirmado, já nos anos 40, que a humanidade não resisitiria caso as abelhas deixassem de existir. Sem transporte de pólen, nada de fecundação das plantas e sem plantas, não há como alimentar o mundo. Você sabia que em 2050 seremos mais de 9 bilhões de pessoas vivendo no mesmo planeta ? O desafio será então cultivar mais, destruindo menos o nosso meio ambiente.